segunda-feira, 8 de junho de 2009

Bienal de Arquitetura de Veneza, espelhos

Representação Oficial Portuguesa na 11ª Exposição Internacional de Arquitectura
La Biennale di Venezia 2008
Eduardo Souto de Moura e Ângelo de Sousa
Título da Exposição | «Cá Fora: Arquitectura Desassossegada»
Local | Pavilhão Português | Fondaco Marcello | Calle del Traghetto o Ca'Garzoni . San Marco 3415, Venezia 

Essa instalação é genial...amo espelhos.
Para a representação Oficial Portuguesa da 11º Bienal de Arquitectura de Veneza, um dos mais prestigiados certames mundiais de Arquitectura.O  arquitecto Eduardo Souto Moura e o artista plástico Ângelo de Sousa criaram uma obra que assenta na ideia de arquitectura enquanto linguagem efémera, transitória ou paradoxal.

O convite a esta dupla de criadores, que já tinha trabalhado em conjunto no “Burgo” partiu dos curadores da representação oficial portuguesa, o filósofo José Gil e o arquitecto Joaquim Moreno.

Pretendiam uma abordagem multidisciplinar às questões da espacialidade, que não são exclusivas da arquitectura. Lançaram o mote “Cá fora: Arquitectura Desassossegada”, baseando-se na temática geral da Bienal, “Lá Fora: Arquitectura para lá do edificado” e no espólio do pensamento de Fernando Pessoa e em conceitos como heterónimo, inconstância ou desassossego.

O palco da intervenção é o “Fondaco Marcello”, um antigo armazém sobranceiro a um dos canais que acolhe todas as intervenções Portuguesas da Bienal e é o equivalente a  um “Pavilhão da Portugal”.

Para a enfatizar a ideia de “Cá Fora”, a fachada do edifício foi revestida com grandes espelhos, que fazem “desaparecer” o edifício original “criando um vazio, uma ausência na linha de casas que se situam na margem do canal…” referem os autores.

Simultaneamente, esta nova fachada espelha toda a envolvente, desde pessoas em movimento, os palácios, o canal com as suas gôndolas e o céu. A ideia é a que o observador no seu trajecto se aperceba de múltiplos pontos de vista da cidade, o que torna a arquitectura um experiência essencialmente subjectiva.

Por outro lado, a própria superfície espelhada que é um “reflexo” da envolvente também pode ser entendida como um quadro em movimento, em que a paisagem reflectida varia consoante a posição do observador. É ele que “…constrói a imagem que quer ver.

http://www.e-vai.net/content/view/1300/44/

Um comentário:

Tânia disse...

Estava aqui pela net a passar o tempo e a ver imagens de obras de Souto Moura, quando me deparei com o seu blog. É fantástico, muitíssimo interessante mesmo, e abrange várias áreas das artes. Várias visitas virão, com certeza.

Tânia, Portugal.