terça-feira, 1 de março de 2011

Tatiana Blass


Tatiana Blass é uma artista que conheci há pouco tempo e que me emociona pela presença do tempo, da imagem interrompida, pela mistura de materias dispares num só corpo. Segundo Tatiana, a figura recorrente dos cachorros aparece por sua incapacidade de representar. "Estão como atores da vida comum, que vagam pela cena, sem um comportamento predestinado. "Teatro para cachorros e aviões, foi uma exposição que ela fez na Galeria Millan, onde os cães remetem à idéia de despedida. Desdobramento da série Teatro da despedida, as novas esculturas em forma de cães de parafina derreteram no decorrer da exposição, num processo de desconstrução, como uma performance. Em uma das figuras, os ossos do animal surgirão aos poucos, à medida que o refletor de luz, direcionado para a escultura, irá aquecer a parafina. A outra peça inédita, encrustrada na parede da galeria, tem o negativo do molde do cachorro fundido em latão. A parte em positivo, de parafina, sofrerá o mesmo processo de derretimento, fazendo surgir o latão de dentro da parede.
Adoro especialmente seu texto:
"Adorno deu um ultimatum: ou a arte sustentava
seus elos com o mundo cá fora ou defendia até a
morte sua autonomia. E por morte ele queria dizer
isso mesmo: a morte da arte, ou pelo menos de
sua eficácia, depois de cortado o oxigênio que por
cima dela sopra nossa humilde labuta do dia-a-dia"
http://www.tatianablass.com.br/

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