Pipilotti Rist, Roland Widmer, Anders Guggisberg estreiaram Pepperminta em Veneza em 2009, mas eu ainda não havia prestado atenção nesse filme até agora. O filme de estréia da video artista, realizado na suíça, é um conto de pura fantasia psicodélica com um universo hipnótico de cores primárias, em que uma jovem ruiva em um traje vermelho, claramente parente da Pollyanna, traz a boa vontade feminina e uma determinação de viver sem medo num mundo de incompreensão. Pepperminta experimenta o mundo com sua língua, lambendo tudo, inclusive campainhas. Confundir as experiências de ver e tocar, essa é a forma que Rist leva você através de campos de flores que deriva da inocência e do erotismo. Obra cinematográfica ainda inédita no Brasil, Pepperminta permite visitar o arcabouço videográfico e instalativo da artista, desta vez por meio do suporte da película 35 mm. Visualmente deslumbrante, o filme conta a história de Pepperminta, uma jovem que mora em um chalé pintado com as cores do arco íris e que age sob suas próprias regras. Seu objetivo é transformar o mundo cinzento em um lugar mais alegre e cheio de vida. A diretora constrói um universo singular, onde Pepperminta é uma espécie de alter ego seu. A protagonista do filme é uma “anarquista da imaginação”, segundo conta a própria Pipilotti Rist.
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