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quinta-feira, 4 de março de 2010

+ Marilá Dardot

ulyisses/ Ficções

Políptico / Impressão jato de tinta sobre papel Hahnemühle/ 47x67 cm cada

Páginas de um livro imaginado, uma edição bilíngue do Ulysses de James Joyce. Criadas a partir do livro original e uma edição da tradução de Antonio Houaiss para o português, as imagens do trabalho mostram anotações em código de cor que apontam frases com a palavra “word”, “palavra”.

Prólogo/ MARILÁ DARDOT

Ficções é o nome de um livro de Jorge Luis Borges. Pensei que poderia nomear também minha exposição. Afinal, Borges me acompanha desde o começo de tudo isso. E tudo isso sempre teve a ver com ficção. Faz-de-conta. Invencionice. Delírio. Utopia. Arte. Mentira mesmo. Nada do que conto aqui veio nesta ordem nem neste estado em que vou enumerar. Nada disso veio em ordem, na verdade. Todo processo é correnteza, nunca sabemos direito para onde vai nos levar. No começo é intuição. E no final é ficção pura. Comecemos então pela capa. Ou melhor, pela frente: a fachada da galeria, que já foi tanta coisa. E se a fachada se tranformasse em um livro gigante, Um grande livro, Vermelho? A gente se sentiria pequenininho, mas perceberia que tem uma porta, que dá pra entrar. E, como Alice, entraríamos. Lá dentro encontraríamos imagens de um livro aberto. Ele seria composto por dois livros iguais e diferentes. Meio grande, mas é que estaríamos mesmo pequenos. Misturaria duas línguas: Ulyisses. Esse livro eu inventaria. Ao fundo poderíamos ver umas letras gigantes. Pareceriam surgir do chão. Poderíamos andar entre elas. Seria como se de repente as coisas e paisagens pudessem falar: o piso, o céu, o vento, as cidades, as casas, as paredes. Porque as palavras estão por toda parte: entre nós e o outro, e o fora, entre nós e o mundo...

E se isso tudo fosse uma exposição, e ela se chamasse Ficções, como o livro de Borges?

* frase no original, tirada do Ulisses: In words of words for words,palabras.

http://www.canalcontemporaneo.art.br/

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Marcelo Zocchio


Além do Zocchio ser nosso anfitrião no grupo quiari, 2 vezes por mes, ele é um artista que surpreende cada vez mais. Delicioso ver o processo dele. E agora , astronauta interplanetário! Recomendo que todos passem na Galeria Vermellho o quanto antes pra não perderem, de forma alguma, essa exposição.
Vale a boa surpresa.
Uma dica: O deserto do sal nunca mais será o mesmo!

Galeria Vermelho: r. Minas Gerais, 350, Consolação, região central, São Paulo, SP.
de 14 de abril a 16 de maio, as exposições "Lançamentos/Planetas", do artista Marcelo Zocchio, "Drive Thru #2", de Matheus Rocha Pitta, e "Sem Título", de Nicolás Robbio.
Em "Planetas" (2009), nove imagens impressas em metacrilato, que se assemelha a um diário de bordo, mostram um homem alto, vestindo roupas parecidas com as de personagens de um filme de ficção científica.
O cenário é árido, desolado e o homem está só.
Já no vídeo "Lançamentos", vê-se uma linha de produção inusitada. Na projeção, Zocchio retorna como personagem solitário, ensacando dezenas de dejetos obsoletos, como monitores de computador, CD e DVD players e cabos.