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quarta-feira, 17 de setembro de 2008

ensaio no MAM/ Duchamp

Fiz isso com a Fernanda Calmanovitz vestindo as peças da dormir...
(postei abaixo algumas fotos dias atrás)
Agora mostro o ensaio com trilha de John Cage.
clique direto! play.

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

São Bento do Sapucaí




Foi o lugar que escolhi pra fazer o segundo vídeo ensaio, com uma trilha especial e o livro conceito da dormirpradespertar.
Confesso que a hospitalidade deliciosa dos meus queridos amigos, as várias pedras enormes espalhadas pelo gramado, a cachoeira do lado de casa, ver de qualquer parte a égua Giselle linda e malhada passeando sem parar, o fogão `a lenha, a chuva e o sol... foram uma benção!
Convidei amigas especiais pra esse exercício, que inclui tb um filme no Mam, com as roupas inspiradas no Marcel Duchamp. 
Tive grande prazer em fazer isso. 
Oxalá Sítio das Posses!!!!

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

dormirpradespertar e Duchamp






Realmente é um luxo...uma honra poder fotografar as roupas da dormirpradespertar junto às obras do Duchamp, no MAM de São Paulo. Foi delicioso esse exercício improvisado que fomos fazer...
Em 1920, a propósito de "Fresh Widow", um ready-made obtido a partir de uma janela verde com painéis de pele preta, Marcel Duchamp criava um pseudónimo: Rose Sélavy. Mais tarde, em 1921, Rose Sélavy "ganhava" um "r" e transformava-se em Rrose Sélavy... "EROS c'est la vie". O pseudônimo de Duchamp apontava claramente para uma direcção erótica. O duplo "Rr" estaria ligado a uma pintura de Francis Picabia - "Oeil Cacodylate" - onde alegadamente o autor terá pedido a diversos amigos para assinar a obra e Duchamp terá escrito "Pi Qu' habilla Rrose Sélavy", estendendo o significado de "EROS c'est la vie" para "Arroser la vie" - qualquer coisa como "Picabia aproveita a vida". Estes jogos de palavras, ou trocadilhos, se quisermos, são freqüentes na obra de Duchamp. O artista francês gostava de jogar com as palavras, cativando e, ao mesmo tempo, confundindo as pessoas. A única coisa que levava a sério era o erotismo e esse era um dos principais motores das obras idealizadas por Rrose Sélavy, a par das ilusões ópticas (ou "precisões ópticas", como lhes chamava Duchamp). São estas "precisões ópticas" que estão na origem dos famosos "rotoreliefs" - ilusões ópticas a 3 dimensões, quando apresentadas numa superfície rotativa, como um gira-discos.
A 30 de Agosto de 1926, Marcel Duchamp (sob o pseudónimo Rrose Sélavy) apresenta "Anémic Cinéma" pela primeira vez ao público, num cinema de Paris. Filmado em conjunto com o amigo e artista Man Ray, "Anémic Cinéma" socorre-se do tal mecanismo ilusório provocado pelos "rotoreliefs", alternando-os com uma série de trocadilhos franceses encaixados numa espiral giratória. À partida, o significado figurativo de trocadilhos como "la moelle de l' épée" e "la poele de l' aimée" roça o "non-sense". Contudo, a referência às relações sexuais torna-se óbvia com a leitura dos discos seguintes. A marcha acelerada dos trocadilhos e dos "rotoreliefs" provoca uma explosão de ilusões ópticas no espectador (originadas pela inconsistência da percepção humana) e, de repente, as formas estampadas no ecrã (na tal superfície plana...) assemelham-se aos seios e à genitália evocadas pelas palavras. Em "Anémic Cinéma", a sexualidade não é revelada através das palavras, nem tão pouco está representada nas tais "precisões ópticas". Em "Anémic Cinéma", a sexualidade é interpretada pelo espectador, quando olha para a justaposição dos textos e dos "rotoreliefs". Em "Anémic Cinéma", a sexualidade é vista por... nós.

essas informações foram são do livejournal