segunda-feira, 8 de junho de 2009

Lygia Pape, Ttéia

"A instalação Ttéia (2004),feita com fios de ouro de Lygia, é a primeira obra do Arsenale (em amplo espaço escuro, fios de ouro saem de formas quadradas, se transformando em feixes de luz de quase imaterialidade). A obra tornou-se ponto de partida para que os curadores pensassem todo o espaço do Arsenale. Foi assim com a obra do argentino Tomas Saraceno, a grande instalação Galáxias Formadas por Fios, Como Teias de Aranhas (numa tradução livre), mas esta no pavilhão Biennale, nos Giardini - é uma das mais chamativas para o público: uma construção com fios de náilon preto toma toda uma sala e obriga que o público circule por dentro dela.  Além da Ttéia, o Livro da Criação (1959) de Lygia, no pavilhão Biennale, é uma preciosidade. Como afirma Volz, este trabalho de formas geométricas feitas em cartão e acompanhadas de breves escritos compõe uma narrativa essencial: "No princípio tudo era água", assim começa. Ele diz que é "obra-prima do neoconcretismo brasileiro" e agrega ao mesmo tempo o caráter formal e a relação com o público e trata da "dimensão social" da arte. "Não existe uma divisão entre o politicamente ativista e a rigidez formal. Sempre há uma urgência do artista em criar a partir de uma relação com a vida atual sem abandonar a pesquisa de visualidade", defende Volz, de 37 anos - há 5 ele é diretor artístico do Instituto Cultural Inhotim em Minas Gerais, o que explica sua proximidade com o Brasil."
http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20090608/not_imp383990,0.php

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