segunda-feira, 26 de outubro de 2009

7ª Bienal do Mercosul

pedaço do convite da bienal
Foi muito bom ter ido pra POA e estar participando desta bienal especial: GRITO E ESCUTA, na beira do Rio Guaíba. Lugar onde o ouvido e uma forma fractal de escuta tem espaço.
Participando da minha primeira bienal !
A curadoria geral é de *Victoria Noorthoorn e Camilo Yáñez
Fiz uma obra sonora a convite da Lenora de Barros: Escultura de línguas esquecidas.
Vejam o site e escutem aqui agora. O trabalho do Chelpa Ferro, tanto a instalação como a performance
são maravilhosas. Segue o texto curatorial da dupla* acima citada:

A 7ª Bienal de Artes Visuais do Mercosul propõe revalorizar o artista como um ator social e constante produtor de um sentido crítico necessário, posicionando seu olhar no cerne de cada uma das exposições e programas. Assim, os artistas organizam na Bienal as exposições, desenvolvem as ferramentas e programas educativos, e lideram a comunicação e o sistema de publicações.

Em seu conjunto, a 7ª Bienal propõe uma inversão metodológica: um sistema centrado nos processos de criação – mais que em temas específicos – onde ação e reflexão (Grito e Escuta) operam como as ferramentas a partir das quais a Bienal se articula em sua totalidade. Busca-se criar uma Bienal “protéica”, um sistema de possibilidades dinâmico, onde cada espectador seja capaz de montar seu próprio sistema de leitura.

Por outro lado, a 7ª Bienal busca romper limites, tanto no tempo quanto no espaço. No espaço, porque seus limites físicos não coincidem com os de Porto Alegre, Brasil e Mercosul: seus artistas e a Rádio Bienal transcenderão fronteiras e uma das exposições abrirá simultaneamente em diversas cidades do planeta. No tempo, porque esta é uma Bienal que nunca termina: ensaia metodologias educativas que, esperamos, perdurem tempos depois, enquanto uma de suas exposições permanecerá aberta indefinidamente.

A centralidade do artista está presente em cada uma das ações da Bienal, em suas exposições e programas.

As exposições questionam aspectos pontuais do processo criativo:
O desenho como primeiro espaço de tradução do pensamento do artista;
Os processos de criação que interpelam as condições culturais e políticas de contextos específicos;
O artista que retira os elementos de linguagem da arte e expõe suas condições de produção;
O humor e o absurdo como instrumentos de resistência e liberdade;
A transformação como ferramenta capaz de deslocar a percepção da obra e sugerir uma suspensão do tempo;
O diálogo com a cidade, cuja trama os artistas modificam e resignificam, a modo de um texto público;
A arte como espaço de projeção de ideias, de planificação, de comunicação, da imaginação.

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