quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Roni Horn



Roni Horn, nasceu em NY em 1955, e vive lá. Acredito que a maioria já deve conhecer essa artista incrível e das mais persistentes. A Água é um elemento recorrente e sensual na sua obra. Eu acabo de conhecer e estou fascinada com a "library of water", um projeto que fez na Islândia por cerca de 30 anos. Teve a possibilidade de formalizar esta investigação, através da Artangelnuma pacata vila de pesca na costa oeste da Islândia. Esta biblioteca e centro da comunidade (espaço pra ioga, xadrez, leituras, coral) está localizada em um lindo prédio art-déco, o ponto mais alto de Stykkishólmur, uma pequena cidade a norte de Reykjavik. Um arquivo de água de 24 fontes glaciais em todo o país. Um zoológico de águas que podem desaparecer. 

Seu outro trabalho com água, mostra a superfície espelhada e é bem profundo, a série de fotos "Some Thames" (2000). A cor sempre escura do rio a intrigava e ao mesmo tempo a atraia, até que ela e sua assistente, depois de entrevistarem policiais, taxistas e outros que trabalhavam no entorno, descobriram que a cor lúgubre era como a cor de Londres, e que o rio sempre atraiu um número grande de suicídas , principalmente estrangeiros. Ela focou na escuridão psicológica e no fato dela ser dependente, tolerante e adaptável ao seu entorno, adquirindo formas que não são dela , e mesmo assim sempre mantendo a identidade própria. A água do Thames também lembra o deserto e o formol, sempre em mutação, como fotografar um "camaleão", mas mesmo assim, afirma que "a água nunca perde sua identidade, é sempre discretamente própria". E a série "Bird" onde fotografias taxidermistas da parte de trás das diferentes aves, são apresentadas em dípticos. Com essa experiência "idêntica"...foca a duplicidade, a identidade, o dejá-vú...etc
O melhor é a grande retrospectiva na Tate Modern, de 25 Fevereiro a 25 de Maio, e depois vai pra Nova York no Whitney Museum, em Novembro.

Nenhum comentário: