domingo, 15 de março de 2009

James Turrell

Um artista com cara de vaqueiro, com sua longa barba branca e chapéu de couro de aba larga, que é também um grande artista e adora pilotar aviões antigos. A arte dele nos faz pensar e olhar mais de perto para o mundo para além do aqui e agora, para algo em algum lugar interno.
James Turrell usa uma extraordinária luz nas suas instalações que simultaneamente seduz e confundi os nossos sentidos. "Quero criar uma atmosfera que pode ser conscientemente conectada quando vista", diz Turrell, que coloca os espectadores em uma reino de pura experiência sensorial...forte. Seu fascínio com os fenômenos da luz é ligado a uma pesquisa muito pessoal sobre o lugar da humanidade no universo.
Luz é um dos elementos essenciais na sua arte e nas instalações de grande escala. Ele faz a arquitetura de grandes espaços parecer hipnótica, utilizando a estrutura pra moldar a luz que sempre envolve uma ilusão. Existe um período de transição pro espectador até os olhos se ajustarem à luz difusa, onde nada permite que você possa focar a vista, te levando a um abismo brihante, infinito e zen. Um ambiente minimal, silencioso, onde todos tiram o sapato e são convidados a mergulhar naquela temperatura de luz e pura contemplação. Um sonho de luminescência, onde a primeira impressão é de requintada monotonia. A atmosfera é moderada e silenciosa. O espaço possui um inexplicável poder de calma e acalmar. A qualidade da luz no mundo da penumbra. Esta experiência não pode ser comunicada, a sua singularidade é tão sensível que o ato de olhar torna-se um ato íntimo de ver.
"Spread", de 2003, é uma das instalações à vista em "James Turrell: Conhecer Luz", na Universidade de Washington's Henry Art Gallery. (22 de março de 2003)


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